Restaurante Macerado

Ao final da degustação dos vinhos da Loma Larga, o celular de Emeric começou a tocar. Ele pediu linceça e logo retornou nos perguntando se já havíamos programado algo para o almoço, comentando que àquela hora não conseguiríamos encontrar muitas opções (já eram 15:00 e véspera de eleição no Chile).
Emeric nos perguntou quais os vinhos que havíamos apreciado mais e, então, as garrafas de Cabernet Franc e Malbec também nos fizeram companhia.
E eis que chegamos ao restaurante Macerado. Fomos bem recebidos pelo maître-proprietário e deixamos a seu critério a escolha dos pratos.
Começamos a conversar sobre o panorama geral dos vinhos chilenos, o fim do projeto Clos Ouvert (de seu conterrâneo e amigo Louis-Antoine Luyt que agora produz seus vinhos artesanalmente, ainda de forma natural), o promissor Pinot Noir biodinâmico e esgotado de Montsecano (com meras 397 garrafas produzidas, dizem que boa parte por culpa dos famintos pássaros locais) e o potencial do Maule com suas vinhas velhas. Para explicar esta última ideia, retirou de sua mochila uma garrafa sem rótulo que se tratava de um Carmenère produzido por ele com uvas originadas daquela região (um projeto pessoal chamado Goldorack). Embora não seja uma de nossas casta favoritas, a experiência foi especial. Um Carmenère sem nenhum traço de sobrematuração e ao mesmo tempo nenhum toque vegetal, apenas fruta pura e limpa, sem excessos e com ótima acidez.
Atendendo ao estilo gastronômico do vinho, os pratos chegaram:

Costillar de cerdo al Macerado en base de ají cacho de cabra, ajo, orégano y vinagre, acompañado de puré picante al merquén

Asado de Tira a la Cacerola en su salsa charquicán

Ambos cozidos rústicos, com temperos equilibrados, valorizados pelo Carmenère num estilo Beaujolais.

Faixa de preço: $$ (com serviço por pessoa)

Postado por Marcel Miwa e Nina Moori.

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